A sensação [falsa, falsa] de equilíbrio que a escrita me transmite, e nem sequer falo do aprumo das letras arrumadas em cima das linhas, que das carreiras dos desenhos dessas apertadas entre duas, só a recordação dos cadernos me faz sorrir na textura do papel muito fininho e dos erros suado frio na descoberta da professora e na improbabilidade do retrocesso me levavam à tradicional borracha de tinta e ao [quase sempre] furo no dito [porque será que acontecia?! eu nem sequer apagava com muita força], está proporcional à duvida sobre a qualidade da produção. A minha, bem entendido. O que está feito para trás de mim é diferente e melhor ou pior e serei hoje outra aquela que escrevo, sendo incontestável que a maturidade [enquanto ser humano unicamente] não é factor controlado? Não é retórica, é mesmo demanda, o exercício constante tem como objectivo o aperfeiçoamento para além da necessidade primária [e básica, primata em mim, respirável], mas será que o houve? É que ser suficiente é o mesmo que ser medíocre. Antes ser mau. Ou bom. Será este o meu verdadeiro equilíbrio.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...