Impõe-se à cabeça a condição derradeira de não ultrapassar a dissertação para além do aceitável, o que quer dizer -e porque aqui é o virtual- que o texto não terá mais de 2 minutos de leitura, poderá conciliar-se num sumário apenas pelo enviusado do olhar ao último parágrafo e o encaixe de algum eventual comentário será na medida das letras comidas certeiro, se bem que nestas coisas da sensibilidade é tudo muito subjectivo.
Mas se este mesmo apontamento estivesse inscrito na planicie branca -analógica (será???)- aí a atenção sería refém e a custo pedir-se-ía que o fim se evitasse. Bom, ninguém leva a sério um escritor de livros de 20, 30 pag.s, isso é quase um catálogo.
Passado este parentesis, começo:
Os dois mundos.
Esse tão ansiado quanto utópico, o mundo desejável.
Não vou escalar razões nem tão pouco sonhos, há-os no colectivo e depois aqueles que guardamos na íntima vontade e alimentamos para não deixar definhar até ao fastio completo.
O outro mundo é a escrita.
A maravilha que produz sensorialmente, a capacidade de nos objectivarmos e saltarmos muros mais altos que todo o nosso tamanho, a capa com que nos cobrimos e desnudamos. Fornece energia a quem a executa, fornece energia a quem vampiricamente obtém de graça uma transfusão de sangues novos e fluidos que nutrem o corpo, a alma.
E pronto. Era só isto quería dizer, os dois mundos. O desejável e o da escrita.
10 comentários:
São dois mundos diferentes?
o da escrita é excelente porque também o torna desejável (e onde conseguimos movimentar personagens para entender os passos)
Gostei do maravilhoso mundo da escrita, de ti.
Muito.
Abraço.
"a quem vampiriricamente obtém de graça uma transfusão..." gosto desta definição, na qual me encaixo. Obrigada por me deixares "beber" das tuas palavras.
beijo
marisa
num ou nuns dos teus escritos, não sei quando nem onde, terá sido neste mundo? achei-te surrealista.
aqui e agora, e já de algum tempo a esta parte, acho-te subversiva. o que, a meu ver, é das melhores coisas que se pode ser...
O outro lado do espelho,
São mundos diferentes sim, assaz.
O desejável é o sonhado, nem sempre realizável, nem sempre possível.
O da escrita é o sonhado e cumprido pois o poder do destino está nas mãos do autor.
Teresa,
Ora aí está!!!
É isso mesmo Teresa Durães!
Tchi,
Obrigado.
O teu mundo de cores e brilhos é inspiração.
Um beijo grande
Marisa,
O engraçado é que também eu sou vampiro e de que maneira!
Aliás, será que sem se ser se pode dar essa transfusão?
Acho que não, isto é uma contínua aprendizagem.
Abraço apertado até ao Reno. Na correnteza vai um beijo meu para ti.
So lonely,
Vou só dizer obrigado.
E gozar o momento...
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