Mês oito.
Um solavanco. Corri demasiado e estaco à entrada dando aos braços para achar o equilibrio (patético) e recompôr-me na figura.
O marco hectométrico dá-me a distância do antes e do depois: antes da loucura permitida depois do perdão aceite. Consentem-me alucinações e esquecimentos, mês quente, fogo do meu campo interior, pecados salgados como souvenir, linguajares de falas e até mesmo de linguas que senti em Agostos que baralho, era Verão, era Verão... que interessa o ano?
Deito o mês, tombo este oito em sinal de infinito e procuro o inicio e o fim, hei-de consumi-lo antes que me derreta os sonhos.
Ao derradeiro suspiro sente-se o Inverno na nostalgia do ouro dos tolos.
(in Calendários 2008, C.G.)
8 comentários:
O feérico.. sensações... sempre.
Bj.
Mateso,
Folhas que se arrancam à medida do impossível de arrancar de nós outros sentires...
beijo grande
Para mim é um mês bem a gosto.
Muito boa a imagem.
Beijos
Tens fogo que arde não só em Agosto.
Um Bem Haja para ti
Mas o sol não derrete os sonhos... e o teu oito deitado infinita mente em 2008 é imenso... belo texto ... adorei... A Gosto
beijinhos das nuvens
Papagueno
Irás tu de férias?
Agosto é lindo mas tb. é um cansaço.
É bom para quem trabalha na cidade, pouca gente, tudo largo.
Um beijo Querido Papagueno.
Eternos sentidos,
Pois tenho.
Cuidado, não chegues perto que ainda te podes queimar...
F@,
Obrigado por teres gostado, por partilhares destas folhas e deste infinito que ao alto é o nº 8 e meu algarismo preferido.
Um beijo Menina das Nuvens
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