Doem-me as articulações. De tanto flexão, extensão, compressão, tracção e outras dobras que me querem impôr na vénia forçada do cumprimento lustroso ou nanismo que me encolhe num segundo perante o dedo ameaçador de ter pisado o risco e me arranca metros na expectância de aguentar firme rotas de colisão sem pestanejar ao som do silvo a zunir junto às orelhas.
Plasticina. Esperam-me assim, moldável ao gosto e humores dos dias e das modas, dos homens e das mulheres, sorriso publicitário, cintura fina, fina e maleável de hula hoop, up, up, fwd, sempre para uma frente chacinada na infantaria recolhida a números.
Doem-me as vontades. As dos outros, calcifiquei as articulações e não me vergo mais.
1- Sinal usado na escrita médica para designar fracturas.
18 comentários:
Penso que de tanto ser "maleável" na ARTE durante uma vida, torna as pessoas rígidas para essa mesma vida!Falo na rigidez fisica e psicológica!
nessa arte, é bonito para quem vê como um corpo se enrosca, é algo doce, leve,frágil!O Sorriso!
Quando a arte tem de "acabar" o corpo já não se consegue vergar ou enroscar, o que era doce, torna-se amargo, o que era leve, torna-se pesado,e o que parecia frágil ficou mais frágil ainda!O sorriso onde está?
como tudo na vida existem contradições na prática!
O Ballet é para mim mágico!!!
Um beijo Grande do tamanho da tua MAGIA!!!!
Sony a flutuar...
Acho bem. Que não verguemos. Mas escusamos as calcificações e as fracturas...
Beijos, Gas.
Gosolina
Li de corrida, não dispondo de alguém espealizado em ler tranversal, como os técnicos de farmácia, recorri à estografia e então retrocedi e precebi.
Toada, muito obrigado, gostei!
Daniel
Resiste.
Não te deixes fracturar.
#(1)
Descansa!
Bom fim-de-semana!
:)
Bj
querida amiga,
as articulações doem-nos demasiado
sempre
também a nós
na dura vida que levamos!
Não é só a fractura que te doi, mas também o seres vitima dela.
Um bem haja a ti, mestre da palavra
Chega um dia em que é preciso dizer: basta!
Quando as articulações calcificam...não há mesmo mais nada a fazer a não ser "não vergar".
Muito bom. Gostei!
Beijinhos
Mariazita
Sony,
Há mazelas que ficam da arte, sem dúvida, mas é um preço que se compra e até se exibem como medalhas na intimidade do próprio.
O sorriso? Fica sempre, sempre. Mesmo amargando as saudades mas nunca vergando à tristeza.
Um beijo Formiguinha da Árvore
Alecrim,
Eu sei que tens razão.
Mas acho que quebro melhor do que o que me vergo.
E #'s e calcificações tenho umas quantas que me avisam quando vai chover...
Beijo Lindo Alecrim, com um abraço muito apertado.
Daniel,
Olá!
Ainda bem que gostaste, cronista-mor.
Um beijo para ti
Suruka,
Claro que não.
Hei-de resistir enquanto respirar, sou teimosa.
Bernardo,
Obrigado Querido Bernardo!
Beijo para ti com muito sol!
Casa de passe,
Acredito.
E nisto do doer não há diferença na vida que se leva, pois não?
Beijos às Meninas e ao Cavalheiro
Para além da flexibilidade fisica existe sempre a fiabilidade dos sentidos.
E esses não jamais se devem calcificar, porque neles, a idade aprimora-os.
Beijo.
Eternos sentidos,
Incontornável!
Mas dói muito mais o vergar que a fractura.
Pára lá com isso do mestre. Mestre é o homem que leva o Cacilheiro pelo Tejo fora.
A casa da Mariquinhas,
Nem mais.
Obrigado pelo regresso à Árvore, és bem vinda.
Beijo para o fim de semana de sol
(com direito a eclipse de Lua)
Mateso,
Dos sentidos e dos sentires toda a maleabilidade e também os que chegam e se calcificam dentro do meu coração para não mais saírem.
Beijo grande para o Azul
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