Tira a máscara, põe a máscara, nas cinzas reaparece o que da folia restou e dos papelinhos lançados o papel sabido sem ponto nos caminhos e actos da vida, na fantasia de ser e voltar a ser.
Ensaio de Primavera, breve encontro no verde prometido afasta noites longas, prepara-se lavado de chuvas frias para uma claridade desenrolada dia a dia. Veste-se de novas vontades, quer-se de peito aberto no renascimento ciclico de casulo a mariposa, voa o sonho, experimenta o riso e o canto.
Varre folhas, espera as flores no botão aveludado e desperta do desencanto quando reaprende no olhar a esperança dos dias compridos, máscara em que pagão se ilude na novidade de outro existir.
10 comentários:
Máscara que usamos neste vagaroso caminhar, rumo a outro ciclo onde os dias apetecem...
E já vejo as pequenas flores amarelas, que acordaram da noite escura onde adormeceram cansadas, e se mostram airosas nos "combaros" por esse prado fora...
Não tarda, está aí a Primavera!
Beijo
PS. Pequeno belo texto, como sempre!
Ficava aqui bem uma música maravilhosa, brasileira, do vinicius de moraes "a marcha da 4ª feira de cinzas". estas palavras fizeram-me ouvi-la.
E que tudo recomece!
Tira a máscara, põe a máscara, se não o tivéssemos feito nem por sombras saberíamos que a realidade existiu e que de facto a sofremos.
Beijo. E desmascarado.
IMpulsos,
Obrigado pelas palavras e pela tua presença que noto vem com o espirito do renascer da Primavera.
Fico feliz de te sentir fortalecida.
Leva beijinho meu.
Laura,
Gosto muito principalmente do poema.
É grato saber que as palavras fazem ouvir musica...
Ana Luar,
É a roda do tempo, sempre a girar!
M.,
É mesmo.
A crença vã de que nunca se usa máscara ainda mascara mais a realidade.
Beijo(s)
Os ciclos da mãe -natureza vestidos pela mão do homem, no imaginário de religiosidades pressentidas.
Bj.
Mateso,
O paganismo encarnado no Carnaval antecede os ritos do renascer, despertar mas também o namoro e acasalamento próprios da Primavera.
Um beijo para o teu Azul.
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