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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Fantástico novo dia


Tira a máscara, põe a máscara, nas cinzas reaparece o que da folia restou e dos papelinhos lançados o papel sabido sem ponto nos caminhos e actos da vida, na fantasia de ser e voltar a ser.
Ensaio de Primavera, breve encontro no verde prometido afasta noites longas, prepara-se lavado de chuvas frias para uma claridade desenrolada dia a dia. Veste-se de novas vontades, quer-se de peito aberto no renascimento ciclico de casulo a mariposa, voa o sonho, experimenta o riso e o canto.
Varre folhas, espera as flores no botão aveludado e desperta do desencanto quando reaprende no olhar a esperança dos dias compridos, máscara em que pagão se ilude na novidade de outro existir.

10 comentários:

impulsos disse...

Máscara que usamos neste vagaroso caminhar, rumo a outro ciclo onde os dias apetecem...
E já vejo as pequenas flores amarelas, que acordaram da noite escura onde adormeceram cansadas, e se mostram airosas nos "combaros" por esse prado fora...
Não tarda, está aí a Primavera!

Beijo

PS. Pequeno belo texto, como sempre!

Laura Ferreira disse...

Ficava aqui bem uma música maravilhosa, brasileira, do vinicius de moraes "a marcha da 4ª feira de cinzas". estas palavras fizeram-me ouvi-la.

Ana Luar disse...

E que tudo recomece!

Eme disse...

Tira a máscara, põe a máscara, se não o tivéssemos feito nem por sombras saberíamos que a realidade existiu e que de facto a sofremos.

Beijo. E desmascarado.

Gasolina disse...

IMpulsos,

Obrigado pelas palavras e pela tua presença que noto vem com o espirito do renascer da Primavera.

Fico feliz de te sentir fortalecida.

Leva beijinho meu.

Gasolina disse...

Laura,

Gosto muito principalmente do poema.

É grato saber que as palavras fazem ouvir musica...

Gasolina disse...

Ana Luar,

É a roda do tempo, sempre a girar!

Gasolina disse...

M.,

É mesmo.
A crença vã de que nunca se usa máscara ainda mascara mais a realidade.

Beijo(s)

Mateso disse...

Os ciclos da mãe -natureza vestidos pela mão do homem, no imaginário de religiosidades pressentidas.
Bj.

Gasolina disse...

Mateso,

O paganismo encarnado no Carnaval antecede os ritos do renascer, despertar mas também o namoro e acasalamento próprios da Primavera.

Um beijo para o teu Azul.