Todos os textos são originais e propriedade exclusiva do autor, Gasolina (C.G.) in Árvore das Palavras. Não são permitidas cópias ou transcrições no todo ou/e em partes do seu conteúdo ou outras menções sem expressa autorização do proprietário.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

menor ou Maior


 
Dizias tu a certa altura que tudo ía bem para não afligires os demais, os que te estavam próximo e sendo assim, calavas-te e nada me dizias, tão pouco me atendías, eu aos gritos pelo teu nome e tu num faz-de-conta que pelas redondezas não era o teu sitio.
Enganaste-me bem.
Eu a julgar-te de passeio, trote nos beiços como é teu hábito ou simplesmente distraído que é muito do teu vestir quando te encantas por adornos que só tu vês e afinal, das feridas nem um suspiro para minha desconfiança, só o orgulho da solidão dorida mas de pé como as árvores a machadadas resinosas e sangrentas, brilhantes, perfumadas. Mas tão peganhenta no meu querer-te que mesmo longe colo-me a ti.
Dizias tu o quê, que me esqueci das saudades que me batem mais no rosto do que essas parvoíces do evitar preocupação que não têm remédio, que do remédio preciso eu de ti, das tuas coisas parvas e detalhadas que só a ti lembram e nos põem a rir aos dois como se fossem de outros dois que falamos e troçamos miseráveis por sermos outros tantos que sofrem diferente do que cada um de nós somos.
Dir-te-ía tudo isto porque sei mas nada te direi porque não quero apoquentar-te e assim direi que estou bem, que tu estás bem e tu concordarás comigo na simplicidade dos pequenos tempos em que a aflição maior é estarmos um com o outro.
 
 

Sem comentários: