Demasiado barulho, demasiado sol e calor, tanta luz, demasiada água e muito salgado na boca, nos olhos que ardem, demasiada gente, demasiada pele, demasiada nitidez às imperfeições da carne que não deixam transparecer a nudez das mãos, do coração e do riso, da mistura das lágrimas com esta sopa de mar, o que é teu não será meu e todos se banham comunitariamente aliviando enganados que as marés hão-de misturar tudo sem saber o quê a quem, restos fósseis apanhados na morte da areia em conchinhas de segredos sem a etiqueta do nome, demasiadas, demasiado ardor a descarnar ombros carregados, despejos no regressar cíclico em demasiados ansiares, enquanto dura é-se demasiado feliz.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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