Cada ramada arrancada, cada ramo que foi levado, cada fruto comido e saboreado à sombra ou à morna claridade entrecortada da folhagem deixou marcas, cicatrizes, nódulos altos e rugosos que fazem história e me lembram momentos. Uma espécie de régua de crescimento que permite contar alturas, agora estava aqui e agora estavamos aqui e agora ríamos e aqui prometías tudo. Tantas promessas... Não gosto de promessas. Nada. Nem de juras. Nada mesmo. E quando me dizem que vão fazer qualquer coisa, seja lá ela o que for fico sempre a contar que o façam, sem promessas e sem jura. Se tiverem intenção de o não fazer, apenas o dizer para me agradar, não façam. Agrada-me mais que o não digam, assim com nada conto. É que a árvore mesmo sem ramos e folhas continua a crescer e do meio para o alto sempre despontam novos ramos e com verde folhagem que destes em própria altura, haverão de despontar em flor e fruto e saciar-me. Nunca me comprometi com a árvore mas nunca lhe disse adeus.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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