Propago-me como ecos gritados em montanhas à espera de um retorno que se espera sejam vozes verdadeiras de gémeos perdidos que nunca se verão e no entanto sabem-se por aí porque se escutam, querem-se numa dúvida convencida dita e repetida à força que acaba por ser história e depois lenda porque se devolveram no som escutado, uma partida torpe, a voz que vai e regressa em menor escala.
Não há outros escondidos, procuro-me na identidade libertada, autorizações àparte que de mim não a precisam e nem a demandam, tomam rumo pela montanha, conheço-os mas não são mais de mim.
Já não precisam do original, são eles o verbo tão primeiro e sejam o grito ou o eco, a graciosidade com que o fazem ilude-me na voz a replicação do que ouço, quem chamou quem, quem sou eu aqui, a do topo do monte de mãos em concha ou a devolução resumida até se apagar e o silêncio encher-me a garganta.
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