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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Atrasos

Estou esbaforida, atrasada, eu que tenho o culto da pontualidade deixei-me rasgar nas horas por coisas de caminho, pequenas distracções que me prenderam a atenção e conseguiram desviar os meus olhos pelo tamanho das cores ou pela simplicidade do colorido gigantesco com que a lupa as transformou. Ou terá sido a importância a lente aplicada para ver sem cegueiras mentais o que de facto existe e o que de facto se transforma em imagens quando a expectativa é tão só um exercicio que acomete o espirito descalço e desataviado de filtros.
Atrasei-me, mas não estou certa de que se tivesse chegado no tempo esperado valería a pena o cumprimento. Ou o que se esperaría de mim. É que de mim pode esperar-se tudo, tanto, que até o nada pode ser. E já será alguma coisa. Mau mesmo é quando não me ralar se chego ou não. Ou será essa a importância das coisas e o que me merecem.
Já cheguei, mesmo que atrasada cá estou, e assim tomo conta disto, época dificil esta, muitos incêndios e a árvore tem sede. Esta merece tudo o que lhe sou.

12 comentários:

Vicktor Reis disse...

Querida Gasolina

Não são fáceis os caminhos, os carreiros, as veredas que temos que percorrer para chegarmos. Como te compreendo. E por isso mesmo, chegaste aos meus braços abertos que logo te abraçam no desejo da tua presença.
As saudades só se apagam, as memórias só se avivam no afago de teus cabelos no mergulhar no teu olhar que aprendi a amar.
Beijo-te muito.

marisa disse...

eu espero, e esperar à sombra da tua árvore não é sacrifício. não são atrasos, mas pausas. quem não necessita delas?
chegaste e é bom.
abraço apertado
marisa

SONY disse...

Nunca é tarde...
Um beijo,
Sony :-)

tchi disse...

A hora a que chegas é a hora de chegares. Tu chegas à hora exacta. O momento em que tu estás.

E nesta árvore me vou saciando seguindo a autenticidade do teu sentir.

Abraço bem perto.

Teresa Durães disse...

também penso que quando chegamos ao ponto de não nos interessar se chegámos ou não, então não vale a pena ir

Estrela da Liberdade disse...

merece tudo o que lhe és e muito mais porque é tua.
Um beijo~
Jean

ASPÁSIA disse...

OLÁ GAS!

TANTA COISA QUE NOS ATRASA, AMIGA! TAMBÉM ANDO SEMPRE ATRASADA PARA ALGO... OU SERÁ QUE QUEREMOS FUGIR À FINITUDE DO TEMPO HUMANO E QUERER TER A ETERNIDADE DAS MÁQUINAS?

VEJO QUE CONTINUAS INSPIRADA COMO SEMPRE E VAIS ARRANJANDO ALGUM TEMPO PARA DAR DE BEBER À ÁRVORE.

DEIXO UMA CHUVINHA DE BEIJOS!

Mateso disse...

Um desafio no meu canto. Gostaria que aceitasses.
Bj.

o Reverso disse...

nunca fui pontual. não consigo. mas sempre chego a tempo. tudo continua. sempre...



um beijo (se não for tarde).

Laura Ferreira disse...

Nós, que te esperamos e nunca perdemos a paciência, vamos regando a tua árvore com os olhos.
E sempre que vieres ela estará frondosa e verde, a cheirar a terra e a todos aqueles que te visitam.

Um beijo, querida G.

f@ disse...

Tb ando sempre (atr) a s a d a … e os relógios já me tem uma seta em forma de ponteiro apontada aos sapatos… não adianta o pulso fugir …

Chego sempre atrasada a d o r meço a regar as “minhas árvores”…

Imenso beijinho

pin gente disse...

perdi-me nos detalhes, como sempre!
as horas passam. o tempo foge, sem sair do lugar. eu detenho-me com todos os pormenores que os meus olhos captam... e são tantos, e têm todos tanta importância. os meus olhos somam-nos, sorvem-nos, não os esquecem. as suas memórias fazem-me o ser que sou. fazem-me ser o que sou. um ser de detalhes, tonalidades, ventos, correntes, sons, sombras...
um corpo de tactos... sensível ao calor da mão dos outros, à ternura das palavras, ao afinado das vozes.
perdi-me nos detalhes, como sempre!
e, assim, talvez te tenha encontrado depois da hora marcada.
hoje sofro... por ser tarde!



um beijo, amiga