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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Crónicas do Tejo (XV)



O Rio está mar.

Mergulho na chávena de café, sem açúcar, sem aditivos outros que não o cheiro desta água escura que me há-de levar até ao outro lado.

Mergulho no Tejo, cumprimento delfins e tritões, tantos dias sem vos ter, até o bico laranja da gaivota me mordisca como um peixe incauto, sou eu, eu sei diz ela e desembaraça-me no cabelo restos de homens e mulheres que de boleia se arrastam num sonho embalado pelo cacilheiro que geme triste nas cordas que o amarram.

Sete minutos para ser Rio.
E já sou de novo mulher.


(in Crónicas do Tejo, CG.-01/07/2008)

8 comentários:

SONY disse...

Não tenho qualquer dúvida que este Rio Tejo te dá VIDA MULHER!!!!

Abençoado Rio!!!
Abençoada Mulher sejas TU!!!

Um beijo,
Sony

Vicktor Reis disse...

Querida Gasolina
Como sempre estas tuas crónicas do rio mais belo levam-me a nele navegar... navegar no sonho.
Beijinhos.

pentelho real disse...

que nunca se deixou de ser.

Gasolina disse...

Sony,

Para além de me dar vida, dá-me outro mundo e a capacidade de sonhar.

Um beijo Formiguinha.

Gasolina disse...

Victor,

O nosso Rio e o nosso Mar são feiticeiros. Encantam-nos. Só assim se explica o fascinio.

Um beijo para ti Querido Victor

Gasolina disse...

Pentelho Real,

Será que não?
Que interessa?
O importante é viajar para fora de nós e o Rio dá-me esse poder.

Beijo Princesa

Mateso disse...

Suporífero de sonhos... o rio que sob o sol renasce, recria e alaga a satisfação do hoje.
Bj.

Gasolina disse...

Mateso,

Funciona mesmo como uma droga em mim.
E parece que quanto mais cansada estou mais belo ele se põe.

Beijo