Abssinticamente
Sarcasticamente
Revelo enroladas
Nas viperinas verdades
O peso volátil e intenso.
Dos olhos
Fechados
Tombados
Cerro momentos
Nas pegadas apagadas
O passo travesso e errado.
Sonoramente
Murmuradamente
Canto fados
Nas desgraçadas vontades
O verbo esquecido e baralhado.
Das mãos
Abertas
Espelhadas
Ofereço segredos
Nas lágrimas salgadas
O copo vazio e vomitado.
.
(in Toda a Poesia Despida, C.G. - 29/01/2008)
20 comentários:
TEXTO IMPRESSIONANTE, CRU, VERDADEIRO - O SUBMUNDO DA ESCRAVIDÃO ÀS DROGAS, SEJAM ELAS O ÁLCOOL OU OUTRAS.
A PERDA DA HUMANIDADE.
BEIJO HUMANO
Sinais exteriores da tristeza da alma...
Mas o teu verbo nada tem de esquecido e muito menos de baralhado...
Muito bonito :)
Beijo azul e votos de Páscoa Feliz*
passei, talvez há uma hora atrás e vinha reler. vi um novo. fortíssimo. tanto de palavras como de imagem.
voltei a ler o outro.
gosto tanto.
coelhinho
Já se bebia um copito :)
Bjks
venho somente deixar os meus votos de boa Páscoa.
apesar de não ser muito católico, desejo-lhe uma boa Páscoa...
joão
porquê tanta azia nas palavras
tão ébrios e sombrios termos
olhando perdida as encruzilhadas
grito nos abismos dos lugares ermos
Pela terceira vez entro para reler. É raro comentar poesia. Sobretudo a despida. Sempre que leio só vislumbro uma sala num caos incrível, semelhante a um caos interior. No fundo da sala, um disco ainda roda os restos de um fado.
Bisous
ASPÁSIA,
NÃO TENTEI IR TÃO FUNDO. APENAS VAGUEIO NOS VAPORES ETILICOS E NALGUMAS PEQUENAS VERDADES QUE SE EMANAM DESTE ESTADO.
BEIJO SENHORA DO JARDIM!
Kakauzinha,
Há na bebedeira um extremismo que leva da euforia à tristeza profunda.
Por vezes tão semelhante ao espirito do Poeta, ao sentir dos amantes.
Obrigado pelas tuas palavras.
Um beijo, Páscoa doce com cacau.
D.Maria e o Coelhinho,
Ai, Coelhinho, parece-me que a D.Maria te procura... e tu por aqui pela Árvore. Abriga-te que esta época é madrasta para os teus.
Obrigado por regressares, por gostares e por sentires.
Papagueno,
Um pouco cedo para mim...
Mas não nego um gole de um bom vinho. Na moderação. Gosto de ter mão nos meus sentidos senão como podería escrever sobre bebedeiras?
Um beijo grande para ti.
Velha Gaiteira,
Muito obrigado.
Que tudo te seja doce e pacifico.
Para mim são umas mini-férias.
Casa de passe,
Agradeço e retribuo, de um nada católico para outro não muito.
C.G.
Pin,
Porque a agrura das bebedeiras não se sente só sob a influência do álcool.
Aqueles que pintam o coração de negro buraco também se sentem ermos no beco sem saída que fazem da vida.
Beijo L.
M.,
Gosto dessa imagem, confesso-me caída por alguma decadência.
Obrigado pelo privilégio do comentário a esta "despida".
Bisou(s)
Saludos!¡
Senti antes tudo isso!. Que esperamos quando só o eco responde?Pode que alguma palavra compassiva que nos faça pensar na possibilidade de uma tardia redenção… Uma mão que nos cobije e nos proteja da desesperanza das coisas e nos aceite como igual sem reconvenir nem recorrer à recontagem dos desatinos do corpo; de nossos gestos bochornosos e os excessos que mais nos assustam…
Despojo de alma sentida.
Beijo
Amilcar Garcia,
Hola, que tal?
Te entiendo, es claro.
Borracho por todo: por la copa e por falta de la mano.
Lo siento muchas veces.
Beso para ti
Mateso,
Toda a roupa que se despe da alma, liberada pelo torpor de um copo que se bebe sempre sózinho.
Um beijo
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