Empurrei devagar e a duas mãos caderno, caneta, a tampa a agitar-se reboluda no seio das páginas à espera do decote que a cobrisse de mais letras, hoje não, mais não, a decência pede que pare por aqui e desande, contradições de quem não anda e resta, uma réstia de decoro enquanto ainda há tinta que core no depósito a saber que as frases por se escreverem não virão no esforço do assento e na permanência do ficar, empurro devagar a vontade e caminho-me noutras linhas. Ao sol. À sombra projectada vigilante e silenciosa, incomodativa, uma cópia transferida e empurrada devagar que me conta um, dois, três, quatro passos, quantos passos, nenhum jogo de brincar, fugas impossíveis na solução, passeio as minhas frases pela aragem do dia e vejo folhas de árvores em cadernos como páginas verdes do meu caminho.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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