Há dias de mim em que não pareço eu. Em que o cansaço me destrói o corpo, a mente, o sentir, todos os sentires da vontade e do querer e eu só quero estar comigo mesma. Nem mesmo com os meus eus o desejo aparece com força.
Há dias assim, em que o casulo se reforça apertando à minha volta, os dias de mim em que o mundo se veste da minha pele e da minha língua à volta do céu do boca a empurrar palavras que por vezes prefiro não lembrar, preferia não saber pela memória revisitada das saudades dos que não tenho mais perto de mim.
Porque é tão verdade que dói insuportavelmente, porque ele há dias em que custa passar apenas com a lembrança, é preciso mais, é preciso que cheguem e me toquem e falem comigo fazendo ruído das vozes a dizer o meu nome e não o silêncio do meu pensar nas suas vozes imitadas na minha para não os esquecer.
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