Mandam fechar as portas e eu fecho.
Mandam esquecer o número e eu fecho os olhos.
Há mais dias de mim crescida dentro das portas fechadas do que os vividos franqueados mesmo que portas novas se abram a casas caiadas, do reboco muita pele de mim está agarrada, muito morto chorado, risos que estalam até foguetes se envergonharem.
Mandam fechar as portas e eu fecho.
Mas lembro sempre a rua até à casa.
Fotografia de Eduardo Jorge Silva
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