Chegam e deitam-se, dizem algumas palavras enquanto tiram a roupa mas sem desculpa para se justificarem no à-vontade, procuram a pele e por vezes o entrelaçar dos dedos das mãos, o toque roçado dos pés, adormecem tranquilos e sem perturbação na chegada de novos ou no regresso de conhecidos dos outros, os que sazonalmente têm o apetite da volta ou só a pretensão de serem vistos e se acharem de novo no círculo, deitam-se ou não como hóspedes desta cama gigante ou de tamanho a contento de tantos quantos os parceiros chegados, todos eles nús de pele despida, deles coberta estarei eu das suas respirações, tantas vezes ofegante do calor próximo me queimar demasiado outras tantas a proximidade não ser a quanto baste para me lembrar a vida, toda eu nua deles, eu nua em mim acordo para me virar no toque de nada os ver. Toda essa roupa espalhada, despida na ligeireza do pudor das mãos só a acho nas linhas, aqui durmo sozinha.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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