Palavras leva-as o vento diz o ditado popular, e ao invés do sentido pejorativo quisera que esquecidas fossem sopradas aos cantos do mundo para plantio, florescência e partilha de beleza e alimento de rigor, mas do vento todos sabem e ninguém o vê, das palavras vê-se muito mas pouco se atina.
O mal é que as palavras provêm da boca do homem e este é tão fiel quanto um dia de ventania, tanto juram a pés juntos como se lançam no salto para o abismo, tanto sopram despenteando como acariciam promessas em dias de Primavera.
Ele é ver campos cobertos de flores, lindas, e da raíz um cheiro fétido que mal se deita a mão para se colher o sentido murcha de tão fraca é a base que sustenta o argumento... Mas enfeitam durante um tempo, são agradáveis de olhar ao longe numa composição muito estudada. Vem o vento e arrasa tudo. Vem o vento e decora de outras cores palavras tão iguais às que se foram.
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