Pergunto-me se esses tantos que outrora fazíam ruído na minha vida e que de alguma forma me acompanhavam, mas também no transtorno do aparecimento sem anúncio me ocupavam sem noção das circunstâncias, à força do pedido para noutro espaço e tempo voltarem, deu-lhes na vingança de entrarem nos poros e nunca mais saírem. Pergunto-me por eles, silenciosos na maioria, e receosamente bate-me um eco no peito, difuso, pequenos tiques que reconheço nos meus gestos de mão ou até palavras que não me apetecem mas que se soltam da garganta como indomáveis para contar memórias que não me são.
Evito-me.
Estivemos sempre separados tão perfeitamente, corações que pulsavam por cada cabeça, por cada corpo, por cada visita feita.
Vivências independentes, não co-habitadas, as mais agradáveis e as penosas, sem distinção lutam por me vencer em ruídos novos, baixos mas que pressinto na aproximação de me escalarem aos poucos e defenderem o que acham seu, diluindo-se, dissolvendo-me.
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