Do alto como antigamente, como menina, como tu novo à minha descoberta, já como amantes, já eu perdida de olhares pendurados em ti sem saber chamar o nome a que hoje não digo Tejo mas silencio nesta força que nos une o segredo de te amar tão profundamente que regresso ao tempo de esquecer palavras.
Contemplação.
Ou engano meu, gostas destas fantasias em que te adoro, mas debruçada vejo a minha imagem de sapatos na mão, peito a explodir e um não saber o que me vai só de te olhar, naquele tempo contavam-me histórias do outro lado e eu adivinhava-me os incómodos por temer o Cristo-Rei a afogar-se nas tuas águas.
Mentira, era o meu não saber dizer, hoje o meu não contar o teu nome, afogo-me deste então neste sentir que peço, salva de mim mesma.
(in Olhar com Vista sobre o Rio, 2012)
(in Olhar com Vista sobre o Rio, 2012)
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