És tu sim, porque outro me haveria de voar sobre a incomodação do lembrar tantas vezes sem te ouvir e ainda sim esforçar-me para nessa tentativa mágica que quanto mais te penso mais rápido voltas, apareces, dizes lembrei-me de ti que há tanto tempo não te ouço a voz, não estamos juntos e dizemos banalidades ou repetimos coisas já contadas e recontadas da última vez em que nos sujeitamos a ouvi-las de novo para evitar a verdade do medo sobre ser a última e derradeira vez, nunca há despedida nem encontro marcado, lembrei-me de ti e resolvi aparecer, um pedacinho que seja, afinal a nossa distância está medida entre dois dedos afastados, na verdade, verdade mesmo só nos conhecemos porque esses dedos seguram a caneta com que nos inventámos um dia.
Ainda assim, aparece, que gosto tanto de te ter perto de mim.
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