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terça-feira, 12 de maio de 2015

Nem que me matem




Fora a questão legal - que até parece que afinal houve um atraso e a obrigatoriedade não se impõe ao dia de hoje mas sim em Setembro de 2016 - sinto-me violada, violentada não só na língua escrita mas claro, na falada que esta está directamente ligada àquela com que nos comunicamos no imediato, na troca do fluido do discurso e defesa de ideias na rotina dos dias.
Quererem ajustar com o aperto de um parafuso comum a outras latitudes a minha individualidade para me formatarem numa verberância encaixada em sinonímia que no meu léxico são diferentes dizeres, justificando aproximação, simplificação e modernidade. Não vou contra-argumentar com exemplos já bastamente conhecidos como a dispensa de letras e acentos que não se lêem fazendo crer que para nada servem ou outros que alegam que esta é a evolução de uma língua que não se pretende estática ou ainda estaríamos, pobres lusos, a curar as nossas enphermidades.
É a diferença que faz a beleza.
Ninguém quer tirar desmérito aqui ou ali, mas não me tirem os meus c e os meus p onde eles se necessitam para completar o carácter da minha Portugalidade e o entendimento para os idiomas de outras terras onde os leio e respeito como são. Pois que não os pretendo iguais ao meu verbo. Mesmo que politicamente proclamados como intenção de 1ª língua e depois vai-se a ver, são só a 3ª. Deixá-los.
A mim, nem que me matem. Que é uma expressão bem Portuguesa. E para roer alguns, até fadista.
 
 

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