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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

E já agora



Que me molharam cabelos, rosto e se fizeram de lágrimas em gota a deslizar na minha pele, coisa que nem sequer disponho mais por as terem enterrado com outro que não devería ter ido por não ter sido aquele o tempo dele, um logro que o apanharam de olhos escondidos para dentro a sonhar com pautas de música e a dedilhar cordas no som fingido de duetos que o puxaram para um mundo intransponível aos meus berros, que chova mais e ainda mais, que me alague boca e me cale a surdez das palavras até afogar as que não esqueço, que as leve de mim lavando essa memória agarrada de ganchos, que tanto engelha mesmo sem água, tanta saudade fere mesmo sem propósito e o verbo por vezes não consola.

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