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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mayo a Madrid - 3



Andar, andar sempre, Madrid é um caminhar constante, um carreiro de formigas incessante e até em grandes espaços abertos é difícil colher imagens sem trazer para casa prisioneiros desconhecidos, outros tantos que como eu procuram a cor e a memória de um pedaço.
 
Peleja-se em francês, os meus dois companheiros agigantam-se em poses de riso imitando estátuas hercúleas que de nada lhes valeu e eu sufoco-me pela vastidão do sitio atravessado por linhas brancas, tenho frio, o meu Portugal mandou-me em meias-mangas e nada me faría suspeitar que viría conquistar [de novo] terras embrulhadas em névoas, são as brumas da memória, canto o hino baixinho e prendo as mãos ao portão do Palácio do Rei.
 
O que tu precisas é de um agasalho, dizem-me.
Verdade.
Vem, Vamos a Plaza del Sol.
(De novo?!)


Maio/2014

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