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terça-feira, 8 de julho de 2014

Ainda existes?



 
Ainda.
Ainda arregalo os olhos quando vejo as tuas palavras, a tua assinatura encrespada como arame farpado e penso na tua voz a formular a interrogação, o tempo, o tempo que não dá nada, nem minutos, só se escapa nas desculpas da apresentação para aparecer agora, invasor de um esquecimento tranquilo, posso entrar? Ainda podes, ainda te penso, ainda sou quem rio com a lembrança do teu destempero, variações de quem te entende no génio do preto e branco, ainda te espero seja a que hora for e sem tempo de tempo passado e sem perdão por perdoar, o tempo faz-se ontem e hoje faz-se ainda.
Ainda existo e sim, quando apareces é quando espero por ti.

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