Espaços.
Sem miolo sem conteúdo sem pontuação para marca dos respirares e ainda assim cheios.
Plenos do que se não vê.
Latejares de uma dor eminente que se anuncia como um tremor numa imagem que não se atinge nítida mas se pressente má. Muito má.
Não venhas.
Não chegues que não mereço e não quero.
Paralisar.
Imitar a não-existência para fingir a passagem da dor. Ao largo. Parágrafos curtos e intermitentes como soluços que se aguentam no silêncio engolido do pulsar de múltiplos corações.
Quantos somos? Quantas dores?
Espaços preenchidos a sangue pisado e invisível. Tantas quedas. Braços abertos no espaço que se rasga no grito doloroso do volume aumentado.
Calor. Frio. Suor. Frio. Tremor. Mão. Espaços.
Silêncio.
Só resta a ferida a moer...
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