Receio bem que um dia a cabeça de per si se solte e se coloque imóvel sob uma das minhas axilas.
Sem mais préstimo, gasta, usada, acabada, o fundo ao tacho visto. E isto tudo comigo a saber e a assistir sem nada poder contra.
Até tal acontecer uso e abuso, treino-a, tenho medo que enferruje ou que se torne pastelona ou até acometida de doença, se encoste a uma baixa médica ou peça a reforma antecipada.
E nestes preparos luto. Luto verdadeiramente contra outro adversário que sem ir abaixo por mais golpes que lhe desfira, ri-me na cara, cospe no chão e se senta à espera que eu retome o fôlego.
A imortalidade do tempo está a matar o que quero dizer.
Sem comentários:
Enviar um comentário