Se todos misturados como num jogo quebra-cabeças me vieram parar às mãos, às folhas, aos riscos dos gatafunhos mal unidos que desajeitada tracei aqui e ali achando que imaginava ver ramos, troncos, árvores, a minha árvore, o meu encosto, palavras que figuram na minha boca e me fazem figura de gente, que aquilo que resta de mim serão os sons que o verbo faz a adivinhar-se escrito no papel para se fazer notado na dimensão, talvez eu nem exista e o que persista na verdade serão aqueles que eu achava fechados e mandei calar.
Eu é que me calei.
Durante todo este tempo, falei porque eles gostaram que eu com eles convivesse, uma espécie de animal de companhia que lhes agradou, obedeceu.
Se o Julho é meu o resto do ano pertence-lhes, assim como os meus truques, as minhas mãos articuladas em dedos, a fala escrevinhada é deles, o gesto parido meu. Carne e alma, almas.
Tempo de voltarmos.
Tempo de me contarem histórias.
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