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segunda-feira, 21 de maio de 2012

O livro negro dos homens (vinte)



Já estive tão próximo deste muro que estive do outro lado, sei de cor o que está para além daqui mesmo  não havendo base, nem pé, nem terra de solo assente medido, só vertigens pedidas com vontades de balanços atrás e saltos. Um único salto a bem dizer. Simples. Tudo se resume à adivinha, ao se, se eu voltasse uns passos à ré que acontecería e se eu corresse avante que acontecería e por aí adiante. Ou nada adiante. Porque afinal o adiante é mesmo ponto final.
Já estive tão projectada num ponto final que fiz do meu ritmo cardíaco não uma linha semelhante a uma cordilheira mas um travessão, um segmento de linha que impõe distâncias, delimita fronteiras e marcas territórios, o da vida e o do que se desconhece, o do outro lado do muro.

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