Miseravelmente caio a teus pés, sabes como me hás-de levar neste silêncio ferrugento com que me adoças narinas e boca e vai que eu - gozo o castigo - mansa me faço e faço de conta que me surpreendes em cores nunca pintadas, é do céu penso, não vem da água este humor com que me levas e trazes todos os dias, encrespas-te, és mar se te quero forte, chuva deitada se sigo triste e às costas te dou a face. Sabes tu que te escrevo? Como não o fazer se me és cama de cansaço e fresco de letras?
(in Ainda o Tejo, Nov.2009)
2 comentários:
cheia de sorte.
a mim só me dão cheques sem cobertura.
Como um amante com quem te deitas diariamente... o nosso Tejo.
Beijo
BF
:)
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