De um só golpe fino e certeiro afastou o inteiro, agora duas metades inteiras que ao contrário de perderem a força no seu todo se tinham duplicado para grande surpresa do autor. Primário pelo acto revelado decidiu assentar-lhe outros mas a mão nervosa só lhe trouxe várias facadas que em muitos pedaços mal cortados respingaram ao redor causando vestigios que dum perímetro controlado passaram a dominar terrenos alheios.
Uma fúria, agora tudo manchado do que quisera exterminar e tantos mais bocados que de per si constituíram um exército, viu-se rodeado sem escape de muitas coisas inteiras. Gritou, até o berro às vezes empurra o ar e este encosta o que se teme, mas da boca aberta ganharam tamanho pelo oxigénio emprestado, agora gigantes, muitos, todos inteiros, sem medos de urros ou de lâminas aguçadas, a marca húmida do sangue como chancelas a lacrar o que de seu exigiram.
E como se a força escoada no medo lhe fugira entregou-se, rendido, ao que enganado julgara poder combater.
10 comentários:
Oi gasolina
A short story policial, posso qualilicá-la assim?
É interesante, achei gira.
Daniel
Daniel,
Olá!
Será mais exactamente to cut short a long story. Mas de policial não tem nada.
Abraço ao Regimento.
*
rendido fiquei,
como sempre,
,
conchinhas,
,
*
gostei desta curta história :)
PoetaEuSou,
Obrigado Homem da Nazaré.
BEI/de MARÉ
Teresa,
Obrigado pelo teu voo.
Abraço
Texto muito bom. Faço uma leitura ambivalente e não sei que sensação prevalece, se a optimista se a pessimista.
Um beijo, artesã de palavras
marisa
Querida Gasolina, vais concorrer ao FantasPorto?
Olha que ganhavas.
Foi tão real que ainda estou a limpar os salpicos de sangue do meu ecrã.
Marisa,
Isso é bom sinal...acho.
Obrigado.
Por sempre estares perto da Árvore.
Um beijo
Patti,
Oh! Não vou... mas é uma grande idéia essa!!!
Aliás, vem de encontro ao trabalho que estou a fazer...
Um beijo Patti!
(Depois manda-me a conta da limpeza)
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