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quarta-feira, 12 de março de 2008

Cartas ao Poeta (XII)





Poeta, Poeta, Poeta!!!



Eu ouço-te e entendo-te.

Algumas vezes compreendo-te menos bem, pois a saudade turva-me o fio do pensamento e em vez de solto e fluido, deixo-o borbulhar em vagas desordenadas que tropeçam sem medida no primitivo das emoções.

Faço perguntas, chamo-te e rogo pragas a esse silêncio que te veste. Na verdade, esse silêncio encanta-me e desespera-me.

Por isso, quando abro o meu dia contigo sossego o coração, adoço a alma, releio velhas cartas e guardo-te na caixinha dos meus tesouros.


(in Cartas ao Poeta, C.G.- 04/04/2007)

14 comentários:

Carla disse...

entendo este desassossego em busca de um porto seguro
beijinhos

Amilcar Garcia disse...

A poesia é a única forma de compreender o inexplicável… o inexorável e cruel das coisas; e a beleza; que se esconde em cada idéia do ser… (Procura em minha barra de videos; prepare para ti um “Slideshow” de Almada…) Saludos!

Gasolina disse...

Carla,

O Poeta é porto seguro.
Mas a poesia é desassossego.

Parece uma contradição.
Mas viver também o é.

Beijos para ti.

Gasolina disse...

Amilcar,

Hola Compañero!

Certissimo!
No me entiendo sin sentir e amar las palabras, jugar con ellas, darlas como una forma mui singela de poesia.
Pressupuesto que es la mia.

E ahora que te digo?!
Es un verdadero encanto las imagenes que me ofertas, la musica de Amalia e la firma del director artistico es la diferencia.

aguardame... mui pronto te fare un regalo.

besos, gracias por todo Amilcar.
Eso fue lo mejor de los ultimos dos dias!

santiago disse...

reler velhas cartas. já o fiz. por vezes era muito bom. outras muito triste.
já não as tenho.
nem quero mais.
nunca.

Eme disse...

Ouviste Poeta? Foi convincente até ao tutâno, não lhe exijas mais do que isto. Afortunado és.

Beijo na que escreve as Cartas que a ti não conheço.

£ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

Poeta, poeta, poeta, como te invejo!!

E tu menina, faz-me o favor de não mostrares o meu grito ao mundo.
Deixa ser segredo o meu dessassossego.

ASPÁSIA disse...

ESCREVER AO POETA AUSENTE É SEMPRE UM CAMINHO PARA A CALMARIA DAS TEMPESTADES QUE ASSOLAM A TUA ÁRVORE!

PARA MIM UM CAMINHO DE ENCANTO TAMBÉM...

BEIJOS A TI E "ELE" !

Gasolina disse...

Santiago,

Entendo-te.
Mas eu gosto de cartas, sejam de agora sejam as velhas que têm aquele cheiro peculiar e nos levam ao momento da escrita sob a tensão dos sentires daquele dia.
Até as da despedida eu gosto, fazem-me sentir (ainda) mais viva.

Um beijo

Gasolina disse...

M,

O Poeta sabe.
Mesmo que durante algum tempo não me tenha respondido. Ou até quando ele me escreve e eu não respondo.
Só assim é poesia.

Beijo em ti, que nos conhecemos.

Gasolina disse...

Louco de Lis,

O teu desassossego é alegria.
E acaso não serás tu Poeta?

Gasolina disse...

ASPÁSIA,

EIS UMA ENORME VERDADE O QUE DIZES.
ATÉ NA AUSÊNCIA DE SUAS PALAVRAS A PROXIMIDADE É SENTIDA E É SEMPRE TRANQUILA QUE O SEI DO OUTRO LADO DO FIO DA CANETA.

UM BEIJO, AMIGA DA ÁRVORE.

Abssinto disse...

Tranquilidade boa.

Gasolina disse...

Abssinto,

Muito boa, enche o peito.