Corto o fio e entro noutra dimensão desejando um banho, chuva, uma água que me limpe de restos mesmo que só pensados a esquecer o que deixo nas costas, liberto-me do cordão e quase corro, urge a distância em que me afaste do que deixo até ao regresso, um partir e voltar recorrentes na sensação de liberdade e contenção repetitiva como se me perdesse punitivamente num labirinto.
Talvez que de tanto ir e fugir, fragmentos se fiquem por lá, expectantes de uma maioria que inevitavelmente aporta e se cola atraindo, unificando-se de novo, rompendo outra vez, bocados suspensos que ao final, nem todos ficam , nem todos atingem a livre intenção de deixar.
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