Há dias infindáveis que se desejam recortados do calendário, inexistentes, desmemoriados. Um acumulo de horas que não aproveita ao diabo porque tão pouco é do mal, é da ineficácia do tempo, do esgotante passar dos ponteiros a baterem no rosto sem que se sinta que houve vingança, vitória, um lampejo de coisa vencida, é correr sem saír do sitio e desgastar o chão até a terra nos cobrir a boca sufocando o grito de exaustão.
Há dias em que se pede o que não se diz.
Porque não se consegue aguentar mais o que se tem.
E porque só se conhece o que se tem quer-se o indesejável.
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