Como sempre, à madrugada junto pertences e abalo-me, uma trouxa de pouca cousa que no regresso venho carregada de mais mas aliviada do que me vinca a testa, o sobrolho. Nem sempre trago certezas às duvidas com que subo a colina que se acrescenta de cada vez maior por cada etapa que a olho erguendo a cabeça para a admirar, de repente fico tão pequena e até as perguntas que levo se assemelham a respostas que já foram prestadas, uma lição que parece não ter aprendido, então repito e o caminho alonga-se solitário.
Mas é nessa quase desolação, na sensação de desemparo, que acabo a encontrar as costas do meu peito, uma ressonância de mim mesmo nos defeitos, imperfeições, inacabada de tanto que aos poucos me construo, me conheço, me pacifico no reconhecimento da estrada que refaço ao voltar, tropeçando, caindo e erguendo-me com a minha preciosa carga que sou eu posso carregar.
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