Todos os textos são originais e propriedade exclusiva do autor, Gasolina (C.G.) in Árvore das Palavras. Não são permitidas cópias ou transcrições no todo ou/e em partes do seu conteúdo ou outras menções sem expressa autorização do proprietário.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O bater do coração (trinta)


 
Entre o uso das mãos nas mil tarefas de obrigação maquinal, as de prazer à escrita e também as de surpresa na surpresa do reencontro.
Abraço profundo, longo, apertado, muito enlaçado como se os dois corpos reconhecessem de imediato as suas formas de ajuste, respiradamente precisado.
Afastamo-nos e deixamos presas as mãos na ligação do pensamento, como estás que te tinha em tanta saudade, e dessa saudade não lembramos a dor da distância nem a lonjura do ausente, só cresce a bonomia da presença na resposta, estou tão melhor contigo aqui, anda, falemos de nós e das nossas pequenas coisas.
Caminhamos no silêncio de mãos dadas, braço enroscado, poucos passos dados e paragem, de frente a frente os olhos contam, observo a cova do pescoço, a veia palpitante de tanta felicidade do bater do coração.

2 comentários:

Rui Fernandes disse...

Vim aqui acender um fósforo. Um beijinho. Boas festas.

Gasolina disse...

Meu querido inventor

Sejas bem aparecido!
Com fósforo, beijinho e a tua graça!

Sempre em festa!
Beijo