O mundo roda indiferente ao mundo parado dos desgostos ou das acelerações do prazer, dois tempos de um só tempo em que o conflito não mete o dedo, trava o movimento, encrava os dias e faz regressar ao que de melhor se teve, emenda a dor. Fica-se na sensação de se querer mais e na ilusão do repetir por voltar ao melhor acaba-se por se estampar contra uma parede por não se saber contrariar a rotação do que já passou. Ou então, foge-se. A agressão da primeira vez foi o bastante para não a procurar no movimento clonado, deixa-se ir, flui-se nos tempos dos dias até ao esquecer, até não ter mais importância. Alimentam-se as vidas com os passos acertados do mundo, roda-se à roda da vida num ciclo lento para que as tonturas da felicidade, as pisaduras pelas quedas no abismo não incomodem as voltas perfeitas de um tempo que não é de ninguém.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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