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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Ficções e verdades ou a inversa



 
Podía aproveitar este pedaço e simplesmente contar verdades sobre gentes que conheço, coisas que assisti, presenciei, em tudo estive lá e agora como narrador voltar ao passado neste hoje em que o todo lido por outrém mais se aparenta como uma ficção. De nada adiantaria dizer e reforçar que se trata de vivências, pessoas de carne e osso, eu a que vi e ouvi de tantas vezes a sofrer e a rir e a pôr pedras em segredos confiados. Mesmo assim. Invenções de quem muito se perde à imaginação e nomeia sempre os homens como ele e elas como ela, a outra a que conta. Ou melhor, a que inventa, a que escreve. Na verdade, não inventaría nada, os meus limites estariam bordejados à procura do verbo que correspondesse ao que aconteceu, uma semelhança o mais nítida capaz que me fizesse vibrar como no instante daquele tempo, uma aproximação feita de ponte de palavras em que tudo se sente tão bem e tão fundo como se de novo fosse tão verdade que parece impossível de acontecer.

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