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domingo, 6 de setembro de 2015

Depois da fantasia a fantasia




Visto-me da que serei amanhã e depois e ainda nos vindouros, outros me verão de olhos novos por me porem atavios que me acham vão melhor, desconheciam em mim figurinos que se ajeitam na surpresa da novidade, admiro-me narcísica na imagem reflectida que será um passado, démodé estará na moda, logo eu que nunca fui de modas e sempre tracei os meus riscos a prender-me em prisão própria mas esta que enfia o vestido pela cabeça é a que sabe que se liberta de realidades, visto-me, serei outra para amanhã, experiências do que já sei a lembrar o toque do pano a roçar os ombros, ser olhos novos na fantasia antes de acontecer. Faço um vinco, o calor decalca as páginas da minha mão à memória do que me tornarei, sem roupa são apenas letras a contar o que não sabíam o que eu fazia.

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