A luz vai pingando a conta-gotas na noite, manchando, tingindo, aguando, uma claridade pálida e diluída que aos poucos rompe o céu, horizonte, delimitações do olhar a ganhar força para o dia.
É dia. Assim me verto achando uma réstia de força para um começo que nem sequer o tem de ser por ser o inicio da semana, talvez me doa romper este céu que as raízes adormecidas pelo aconchego do escuro têm vezes que não querem ser fortes. Horizonte, delimitações da fraqueza do olhar.
É dia. A mancha clara de sol agora é uma pintura séria que azulou tudo e espantou a lembrança do negrume, tela monumental sem horizonte onde os pontos cardeais são os olhos abertos.
Tenho tudo em mim, força e fraqueza, eu sou um mundo e este é do tamanho do que contam os meus olhos.
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