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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O bater do coração (vinte e três)




Nem tudo é feito de ses, pese embora o perfeito do condicional na adivinhação das estórias em que a moldura aprisiona a conveniência dos detalhes para o cabimento das personagens à medida exacta da sensibilidade de quem a saliva no apuramento da escuta, há coisas em que a matéria imortalizada pelo toque do olhar sempre terá o morno da carne e do sangue, a seda da pele, a agilidade no desenho da contraluz guiado pela silhueta mandada parar pelos tempos para ser admirada.
Chamam-lhe arte.
Eu apenas ouço o bater do coração.

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