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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Sem rédea



 
Madrugada a magoar a sede nos olhos abertos da tua figura, tanta comunhão nas noites de palavra e nem um suspiro a riscar a parede para te anunciar, eram quartos, eram luzes, eram cores, eram risos e eu dizia árvore e tu trepavas para os frutos mais altos na madureza dos doces ao pé do Sol e dizias cavalo e eu suava no galope desenfreado de calcanhares apertados no bojo sem me importar nos golpes finos de ramos que tudo era emaranhado em desenho animado.
Detalhes, só nos nossos olhos, da boca engolíamos a cru o sentido da vida e apoquentávamos o verbo quando distraídos o silêncio nos traía.

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