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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Quase, quase...



Pouca terra, pouca terra, o combóio dos dias ressalta no tabuado ferrado a cravos brilhantes do uso continuado, a velocidade nem muita nem menos que o fazer chegar, uma monotonia de sons que dormenta sem adormecer, anestesias dos sentidos, quase-quase uma dor, perguntas que não se fazem porque sempre foram leis, cumprimentos como destinos em envelopes cegos, miragens apetecidas em vidros foscos e riscados.
Quase uma vida, tomara descarrilasse, quisera um estilhaço na carne a ferir e a fealdade da paisagem a rasgar vista para além do pouco.
Pouca terra, pouco sonho, pouco ir, não há acidente nem a tentação do quase, tudo será como sempre houvera sido, uma viagem que não se recorda onde se tomou o inicio, cumpre-se tranquila sem a emoção da chegada.
 
 

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