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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Túnel



Até onde os extremos se tocam ou se opõem afastando-se para distâncias incapazes de serem medidas pelo senso do homem, que de frases elipticas em que estes se chegam a atingir também eu piamente cheguei a crer e agora... bem, agora nem tanto, que se o pico da alegria me é trampolim para saltos que nunca pensei, a dor é bem mais a mola que impulsiona a dimensões que nunca houvera descoberto não fosse cortada por ela.
Achar não ser capaz, pensar não ter mais força e no fundo do fundo desconhecido de nós mesmos, de mim própria que tão bem conheço [e nem tanto, afinal], uma réstia de um pó que ainda ergue e empurra e leva, limites, fragilidades, ténue luz, um fiapo. Mas vou. Quando achei e me disse não conseguir mais por achar ter derramado o sangue da alma, aquele diferente de outras veias.
O extremo da escuridão e da cegueira e da dor a diluirem-se à medida que a força recuperada no tempo entra numa aguarela de mãos, sorrisos, claridade e lembranças de ser feliz.
 
 

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