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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Campo de palavras (9)





É assim a vida, uma bela frase batida para começar fácil fácil um texto da treta, mas a verdade é que a falta de tempo ou a falta de organização deste ou ainda o tempo que resta, mastigo-o em nada, cansada de tanto e aproveito-o em nada, um fruto mascado até à sucção total do sumo, uma palha que se cospe por entupir a saliva e desagrado depois de tanto prazer no refresco doce das papilas, ai o tempo, ai eu, ai nada, que quando se quer diz-se não e ultimamente muito caroço de fruta tenho engolido.
Tenho assim as palavras calcadas num fundo, pisam-se, esmago-as, remoemo-nos, embaraço-me entre letras e germinações do que tenho atirado cá para dentro, tudo enleado numa profusão de vozes que clamam socorro pela luz do dia. E o seu oxigénio - o meu oxigénio neste assim é a vida - é ir sussurrando as palavras para que não as esqueça, para que lhes mantenha o sabor do suco, a importância vital do sumo.

 

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