Bocejos de noite branca, a síndrome da véspera ou o estalo ardente que mantém a vigília alumiada na correria dos muitos que se fazem à travessia do quarto, não necessariamente pelo soalho, mas à roda do leito, por cima deste, pisam os cabelos, estagnam no abdomen, apoiam os cotovelos no peito.
Nestas alturas deseja-se que os minutos se façam pensamento ou vento e se desfaçam rápido mas nada avança, tão só os tais estalidos de móveis estranhos como gente grotesca que me assiste incrédula ao contorcer dos meus eus, dos meus tempos, das minhas chamas, do meu rio, dos meus mortos, os meus pesadelos fazem-se de olhos abertos, será que já adormeci e é hora de erguer, atraso-me, um minuto apenas, faltam quatro horas, pouco falta para andar de quatro e uivar na besta que seguro mal.
Gosto de rosas, gosto de orquídeas, gosto de jarros, são para mim, obrigado, não são de verdade?
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