Já sem a magia do gira-disco e aquela coisa do arranha-irrita-agarra o disco da agulha, foi-se-me o alucinado do redondo do preto das linhas e os olhos tortinhos a quererem prender a faixa da musica onde a bailarina sozinha e muita fininha não se cansava de braços em balão.
Era tudo morte, eu a morrer por cada vez que o acorde se tornava grave e a solidão me dava socos no estômago e a puta da bailarina cada vez mais nova me deixava cada vez mais velha. Um dia morreu mesmo. O gira-discos, o disco abalou tanto e eram coisas de outro mundo e até eu era de outro mundo, que saudades eram coisas que ninguém entendia e dores de estômago curavam-se com anti-ácidos. Nada mais. Sem magia. Sem arranhar.
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