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sexta-feira, 13 de julho de 2018

(Ainda sem ) Paz





deixei de falar sobre estórias, livros, palavras que falam de palavras mágicas, bailarinas, coisa de palco, lançar os olhos no brilho do que não vejo vendo apontando no bico do sapato ou na ponta da caneta, deixei secar a tinta permanente na última carga e não gastei um cêntimo mais a comprar outras, sento-me no lado do cimento dos prédios e deixo o rio ser água, sem cor, sem manto, sem estrada, levo-me e regresso sem suspiro e sem lembrança, apago luzes que teimam de quando em vez fundirem páginas de clarões onde corro a azul e letras maíusculas se encavalitam falando de generosidade, liberdade, uma invenção que desconheço, não sei que dizer, não percebo o que dizem, não comento sentimentalidades que possam trair a voz ou devolverem perguntas sobre o que sinto ou sei, ou tenha sido ou perigosamente, tenha sentido ou até feito, não fiz nada e do sentir deixei-me, nem para estórias acordo, caio para dentro de mim e não sei porque não acho, porque não sei o que procuro.




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