Ali o meu reino.
De palma ao céu contavam-se linhas muito profundas outras apenas o que parecía ser um esboço abandonado e mostrava o lugar. Não apontava, o gesto tinha a leveza soberana de quem gosta do seu sitio e cuida que as fronteiras cresçam sem melindrar vizinhos ou inimigos, que até nestes, honrados, se lhe encontra a valoração para se saír vencido.
Já o fora, bastas vezes a cor azul do sangue lhe havía subido nos olhos e na boca e tudo à volta ferido se tornara branco. De um branco neve e frio sem consolo de palavras que lhe dessem força para erguer nos joelhos que fosse, pequeno de novo no engatinhar do recomeço.
Não se envergonhava, eram lutas suas, ganhas umas outras lições.
A ofensa do riso a quem mostrou o seu reino não lhe tocou, a solidão é mais cruel.
Sentou-se na mesa, recolheu os papéis embaraçados de letras. Mostrar o reino não faz de ninguém súbdito, tão pouco rei.