Ao alcance da mão e ao toque da vista ajuda-me a brisa morna a empurrar vontades até ti, como se tal fosse preciso, acelera-me no peito o sorriso do regresso e de azul como o olhar do marinheiro que de mão estendida me aguarda para partirmos, balouças ufano e mal disfarçado a alegria do reencontro.
Segues manso, viagem de correntezas, que hoje o prazer do tempo alonga-se em curvas de nos termos e o Mestre que te conhece, manobra o desejo dos sonhos de alto-mar, amar, longínquo estar aqui de pé sobre as tuas águas, deixo-te abraçar-nos e adormecer, acordar salvos no encosto de margem segura e duvidar no encantamento da travessia.
Meu Rio, quem te disse que eu quería ser salva...
(in Olhar com Vista sobre o Rio, 2012)
(in Olhar com Vista sobre o Rio, 2012)
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